A música tem efeitos benéficos para pacientes com dor,
alivia a ansiedade pré-operatória nas crianças, age sobre o sistema
nervoso autônomo, reduzindo os batimentos cardíacos, a pressão arterial e a dor
pós-cirúrgica, e tem um efeito positivo nos pacientes que sofreram
infarto agudo do miocárdio. A música reduz a ansiedade e a dor após
cirurgias de coração em adultos. Em um estudo sobre a dor após cirurgia
abdominal, o uso de relaxamento e música foi efetivo na intensidade da dor.
Os efeitos da música na redução da dor se explicam pela teoria do portal do
controle da dor. A música age como um estímulo em competição com a dor, distrai
o paciente e desvia sua atenção da dor, modulando, desta forma, o estímulo
doloroso. Estudos de imagem do cérebro mostraram atividade nos condutos
auditivos, no córtex auditivo e no sistema límbico em resposta à música.
Mostrou-se que a música é capaz de baixar níveis elevados de estresse e que
certos tipos de música, tais como a música meditativa ou clássica lenta,
reduzem os marcadores neuro-hormonais de estresse. A música diminui a confusão
e o delírio em idosos submetidos a cirurgias eletivas de joelho e quadril.
A música, em relação à linguagem intencional, mostra-se de um
tipo totalmente diferente. É nisto onde se situa seu aspecto teológico. O que
ela diz é, como fenômeno, simultaneamente determinado e ocultado. Sua ideia é a
forma [Gestalt] do
nome divino. Ela é prece desmitificada, livre da magia influente [Einwirken]; é a
tentativa humana, ainda como sempre frustrada, de nomear o Nome ele mesmo, e
não de comunicar significados.